Como sua farmácia pode estruturar um e-commerce próprio

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A pandemia da Covid-19 acelerou o processo de transformação digital das farmácias, com a criação de e-commerce próprio ou a venda online por meio de markeplaces de terceiros.

É para especialistas, esse primeiro caminho pode ser o mais promissor e rentável.
Os obstáculos são variados, como a escolha da tecnologia, os benefícios fiscais, as legislações interestaduais, bem como o próprio controle de medicamentos de prescrição, como os regulados pela Portaria 344/98.

A primeira opção de muitos varejistas já estabelecidos no mercado é a disponibilização de seu estoque para comercialização em ferramentas de marketplace, o que parece sempre ser uma alternativa efetiva, mas pode se tornar um verdadeiro pesadelo.Muitas dessas transações acabam sendo alvo de contestações e o prejuízo recai sobre o lado mais fraco, que, no caso, é o lojista“.

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A solução mais efetiva é sempre uma plataforma própria de e-commerce. No entanto, surgem novos desafios que envolvem a escolha do sistema, a integração com o software de gestão, a logística, o marketing e até a regulação da própria Anvisa.

Etapas necessárias para um e-commerce próprio:Cinco pontos para os quais o gestor deve atentar antes de investir em um e-commerce próprio.

1 Escolha da plataforma: Existem diversas plataformas especializadas para farmácias, que oferecem soluções completas, desde a gestão de estoque até o pagamento online. Pesquisar as opções que melhor atendam às necessidades do seu negócio é essencial. “Foque em usabilidade, suporte e cases de sucesso”.

2 Integração de sistemas: Conectar o sistema de gestão da sua farmácia ao e-commerce é fundamental para otimizar o controle de estoque, vendas e faturamento, garantindo que não haja problemas com a indisponibilidade de produtos. Certifique-se de que seus fornecedores estão comprometidos com o sucesso do projeto.

3 Integração de sistemas: Conectar o sistema de gestão da sua farmácia ao e-commerce é fundamental para otimizar o controle de estoque, vendas e faturamento, garantindo que não haja problemas com a indisponibilidade de produtos. Certifique-se de que seus fornecedores estão comprometidos com o sucesso do projeto.

4 Registro na Anvisa: A farmácia precisa ter registro e licença específicos para a comercialização de medicamentos online. A venda de produtos controlados requer ainda mais acompanhamento.

5 Logística e entrega: Considere parceiros logísticos que ofereçam soluções flexíveis e ajudem a
reduzir os custos de envio.

6 Marketing digital: Para atrair consumidores, invista em estratégias de marketing digital, como anúncios nas redes sociais, Google Ads e e-mail marketing.

Utilize também técnicas de SEO para garantir que sua loja apareça nas pesquisas feitas no Google quando clientes buscarem por produtos farmacêuticos”.
Além desses aspectos, o portal deve informar claramente o farmacêutico responsável e, se possivel, oferecer um atendente online para auxiliar na orientação farmacológica, ampliando a experiência do cliente. No campo da segurança, o sistema precisa estar em conformidade com as normas da LGPD.
Contudo, essa operação não é feita apenas de desafios, mas também de oportunidades, como a questão tributária. Existem diversos incentivos que podem tornar sua operação mais competitiva em termos de preço, mas é necessário prestar atenção ao Convênio ICMS 93/2015, que estabelece critérios para o recolhimento de impostos sobre mercadorias. Um exemplo é o DIFAL (Diferença de Alíquotas de ICMS), que pode exigir novos controles e inscrições estaduais.

“Sem dúvida, a maior oportunidade está em quebrar barreiras e conquistar novos mercados. Muitos varejistas estão se especializando em públicos específicos e, com o aumento de volume, conseguem criar grande fidelidade dos consumidores”.

Recentemente, uma empresa do sul do Brasil triplicou as vendas de articoncepcionais por meio de uma ferramenta de assinatura, que garante a entrega do medicamento cinco dias antes do término da compra anterior. “Iniciativas como essa promovem a fidelização e o engajamento dos consumidores, que não pensarão duas vezes antes de consultar o preço de qualquer medicamento de uso contínuo”.